Contra o golpismo, boicote a produto de anunciantes da Globo



Lentamente e de forma desorganizada, começa a surgir um movimento cidadão de boicote a produto de anunciantes da Globo, como forma de protesto contra o golpismo. O momento em que esta "campanha" começou a ganhar uma primeira repercussão ampliada se deu durante a passagem dos 52 anos do golpe de 1964. O peso desta trágica memória não é fortuita, o golpe foi consumado pelos militares, mas contou com amplo apoio das empresas de comunicação da Família Marinho. Apoio este que a própria Globo reconheceu a pouco tempo, através de um editorial em que reconhecia o "equívoco" (sic) deste apoio em um maroto mea culpa que a poucos convenceu.

Em um momento onde o Brasil volta a ser ameaçado por movimentos organizados em torno do rompimento do sistema democrático através de um golpe para depor a Presidenta Dilma Rousseff, ações cidadãs podem funcionar como importantes elementos de contra-ofensiva. A força de seu domínio da audiência brasileira sempre beneficiou a Rede Globo com fartos contratos de publicidade. Um ataque ao "bolso" da emissora, através de um movimento que afaste os anunciantes frente as reações populares contra a Globo pode gerar um considerável impacto. Mesmo que inicialmente pouco massivo, sua disseminação pode ser irrefreável.


O jornalista Sidney Rezende, ex-funcionário da Globo, tornou público em seu site que este movimento já começa a preocupar alguns anunciantes poderosos da emissora.

Conforme ele narra em seu site,

 "A sistemática cobertura a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff e o noticiário envolvendo o ex-presidente Lula acenderam o sinal de alerta nas direções de marketing de grandes empresas.
Numa reunião fechada realizada ontem no fim da tarde, em São Paulo, à qual o SRZD teve acesso ao resultado final, dois presidentes que representam os interesses de companhias que estão entre os 30 maiores anunciantes do Brasil, seis vice-presidentes de empresas de áreas diversas que atuam em higiene e limpeza, setor automotivo e varejo decidiram encomendar uma análise a uma agência internacional de acompanhamento de postagens na internet para avaliar os humores dos consumidores em relação aos produtos e serviços dos patrocinadores.
A ideia é que o estudo seja concluído em até 90 dias. E o parecer se restringirá às marcas que já anunciam nos veículos do Grupo Globo.
Um dos executivos chegou a desabafar: “Todos respeitamos a Globo pelo seu profissionalismo e pela larga vantagem sobre os demais órgãos de comunicação, mas o jornalismo está manipulando de forma criminosa e já há movimentos nas redes sociais pressionando nossos consumidores a não comprarem os produtos que produzimos. Assim não dá. Isso não pode crescer”.
A fala causou um certo mal estar no ambiente. O silêncio enigmático dos demais sinalizou concordância com a análise e a preocupação de como criar uma alternativa publicitária ao maior meio de comunicação do Brasil."
Talvez, em um primeiro uma campanha ampla contra todos os anunciantes, de forma indiscriminada, tenha dificuldade de ganhar maior força. Restringir para algumas marcas com maior aporte financeiro na empresa tenha mais eficácia, ou ainda direcionar para anunciantes de determinados programas, mais fortemente vinculados ao golpe, como os telejornais. Uma boa consigna seria direcionar contra o Jornal Nacional, que tem funcionado no último período como ponta de lança do golpismo da emissora.

Não comprar nada anunciado nos intervalos do Jornal Nacional. Boicotar quem financia golpismo é defender a democracia!

2 comentários:

  1. Não há comentário a fazer não assisto essa coisa rede BOBO faz tempo. Mas a iniciativa e válida. Vamo que vamo.

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  2. Estamos nessa... vamos "descomprar" os produtos de quem anuncia na GLOBO-MOSSACK e na VEJA... Vou até procurar uma REVISTA para ver quem são os CÚMPLICES desses NAZISTAS.
    Anunciou na GLOBO-VEJA... Eu não COMPRO!
    Esmeraldo Cabreira Mestre e Doutor UFRGS.

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