Golpistas dizem que a luta terminou. Nós dizemos: ela apenas começou



O afastamento da presidenta Dilma pelo Senado é um claro ato de usurpação do poder por setores políticos derrotados nas urnas. A violação da vontade popular é inegável. Os resultados desta ruptura democrática serão penosos e de longa duração.


Uma derrota, por mais dolorida e cruel que seja, não encerra a história. A luta seguirá.

Parafraseando Bretch, nossos inimigos dizem: a luta terminou. Mas nós dizemos: ela apenas começou.

Neste momento, esta é nossa única certeza: jamais conseguirão calar as lutas populares neste país.


Todos os longos anos de ditadura que este país já viveu não foram suficientes para eliminar a esquerda. Ela sempre renascerá. Enquanto houverem desigualdades e injustiças, haverão aqueles e aquelas que não aceitarão calados e lutarão por mudanças.

A esquerda sempre soube se reinventar frente as mudanças na conjuntura. Agora não será diferente.

O governo ilegitimo que se instalará em Brasília aprofundará ainda mais as desigualdades deste país, destilando todo o seu revanchismo contra o legado dos governos Lula e Dilma.

Os golpistas, neste momento, gozam dos louros de sua vitória.

Consolidar esta vitória será o maior desafio que eles terão. A resistência popular, ainda que abalada frente as feridas abertas pelo golpe, não terá tempo de esperar cicatrizarem.

Que este poema do dramaturgo alemão Bertolt Brecht motive a todos e todas nós para encarar este triste e difícil momento de nosso país.

Nossos inimigos dizem

Nossos inimigos dizem: a luta terminou.
Mas nós dizemos: ela começou.

Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.
Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.

Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgaremos.

É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.

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