A Guerra Civil Espanhola em cartazes

Um golpe militar fracassado contra o governo da Segunda República Espanhola, iniciado com um pronunciamento anunciando o golpe em 17 de julho de 1936, deu início a Guerra Civil Espanhola, que prolongou-se até abril de 1939.

De um lado lutavam a Frente Popular, composta pela esquerda, formada por anarquistas, comunistas alinhados com Moscou, Trotskistas, , Republicanos e forças que compunham o governo democrático,assim como os nacionalistas da Galiza, do País Basco e da Catalunha, que defendiam a legitimidade do regime instalado recentemente no Estado, (a República proclamada em 1931 e os respectivos estatutos de autonomia).

No lado oposto. os nacionalistas, compostos por monarquistas, falangistas, carlistas, etc. O seu referente político era o general José Sanjurjo, chave da intentona militar de 1932, mas que morreu num acidente aéreo ao voar de Portugal para a zona ocupada pelos nacionalistas. Só durante o decorrer da guerra os nacionalistas aceitaram a liderança de Francisco Franco.




Os cartazes eram um dos instrumentos privilegiados para disputa de ideias. mobilização social e disputa da narrativa dos embates nos processos políticos em curso na Espanha. Sua iconografia era marcada pelos traços da época, compondo uma estética política que ao olhar de hoje chamam a atenção pela força de seus traços e beleza estética.

Selecionamos a seguir apenas alguns da rica produção de cartazes da propaganda da resistência contra o fascismo na Espanha.






As tropas republicanas receberam ajuda internacional, proveniente da URSS, que forneceu materiais bélicos, mas sem jamais rivalizar com o volume enviado pelo fascismo italiano e alemão para os nacionalistas. Outras nações, como as vizinhas Inglaterra e França mantiveram-se distantes do conflito, desequilibrando a disputa em favor dos golpistas.








Um dos mais belos episódios da Guerra Civil foram as Brigadas Internacionais composta de militantes de frentes socialistas e comunistas de todo o mundo, além de numerosas pessoas que individualmente foram a Espanha a defender o governo da República e tentar barrar o fascismo. Vários intelectuais participaram deste esforço, como o romancista americano Ernest Hemingway, o escritor inglês George Orwell, o poeta também inglês W. H. Auden, os escritores franceses André Malraux e Saint-Exupéry e a matemática, católica e ativista política francesa, Simone Weil. Entre os os brasileiros que lutaram nas Brigadas, ganha destaque, sobretudo, a figura de Apolônio de Carvalho, cuja atuação nas Brigadas seria seguida, após seu internamento na França, pela sua participação heroica na Resistência Francesa. 



















Por fim, a resistência democrática foi derrotada, com a vitória dos militares e a instauração de um regime de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco, que colocou a Espanha em uma longa e sangrenta ditadura. Mesmo derrotada, a resistência sempre será lembrada como um dos belos momentos da luta popular do século XX.


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