Cuba gasta 54% do seu orçamento com saúde e educação. Brasil não chegará a 8%

Sem dúvida a ilha cubana tem muitos problemas e desafios a serem superados, não é sob nenhuma hipótese um "paraíso na terra", como alias, nenhum lugar é. No entanto, não tem como não admirar e reconhecer os avanços sociais promovidos por um estado que tem como prioridade no uso dos recursos públicos com os cuidados básicos para sua população e não com o rentismo e o capital financeiro.

Ministra de Finanças e Preços de Cuba, Lina Pedraza, informou durante sessão plenária do Sétimo Período Ordinário de Sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular, que 54% do orçamento do estado cubano foram aplicados em saúde e educação em 2015.

Para efeitos de comparação, o Brasil não chega a metade deste valor e poderá piorar ainda mais....

Caso sejam aprovados as medidas propostas por Michel Temer, desvinculando o orçamento da União dos limites que eram pré-estabelecidos constitucionalmente nos gatos e despesas, a redução dos investimentos deverá ser brutal nos próximos anos. Mesmo com os percentuais estabelecidos por lei, muitas vezes o mínimo exigido por lei não era aplicado, através de manobras contábeis e fiscais de toda a natureza.

Previsões pessimistas apontam que a saúde e a educação podem ver seu orçamento minguar de tal forma que poderiam representar as duas áreas juntas, míseros 8% do orçamento. Não precisa muito esforço de imaginação para prever o retrocesso social que essas medidas deverão ter.

Um outro dado que a ministra cubana divulgou e que mostra o contraste entre as prioridades das duas nações é com relação aos aposentados.  Pedraza informou que os recursos aprovados para a seguridade social permitiram um aumento na aposentadoria média de 1,6 milhão de beneficiados, e que 800 milhões de pesos (cerca de 296 milhões de dólares) foram destinados à construção de casas.

Essas medidas levaram o país. pelo oitavo ano consecutivo, a uma taxa de mortalidade infantil menor que cinco a cada mil nascidos, indicador que ratifica Cuba entre as 20 primeiras nações do mundo neste quesito.

O exemplo cubano deveria inspirar o Brasil a seguir esse positivo caminho para o bem-estar de seu povo.